12 de novembro de 2012

Sunset #1

Esta é uma história que começou por ser uma parceria com uma amiga minha, mas como ela não quer continuar. Eu vou continuar sozinha. Espero que gostem :))




   Estava um lindo dia de sol, tinha combinado com o Vasco, o meu namorado, dar um passeio pela floresta. Ele dissera-me que me queria fazer uma surpresa, era de estranhar normalmente ele não era romântico comigo, era do tipo de rapaz banal. Estava-me a preparar para a saída, vestia uns calções de ganga e uma camisa básica branca e não poderia esquecer os meus adorados Converse. E quando comecei a dar um toque de maquilhagem na minha cara, algo me interrompe...

- Matilde! - a voz da minha mãe propagava-se ao longo do corredor. - O Vasco chegou.
- Já vou. - disse com um certo ânimo.


   Desci as escadas a correr sentindo que a qualquer momento me iria estatelar no chão. Peguei na minha mala que era essencial para levar as minhas coisinhas, nomeadamente a carteira, os óculos de sol que o Vasco me tinha oferecido no Natal passado, o bâton do cieiro e o indispensável telemóvel. Abri a porta da cozinha e lá estava ele sentado ao balcão a comer uns aperitivos que a minha mãe lhe metera à  frente. Dirigi-me até ele e saudei-lhe com um beijo, como sempre atrevido apalpou-me o rabo sem a a minha mãe dar conta.

- Dona Núria estou a adorar estas coisas que me meteu aqui. - como sempre deliciava-se todo, chegando ao ponto de lamber os dedos.
- Chamam-se aperitivos, meu querido. - disse-lhe a minha mãe  com um ar de surpresa ao reparar que a sua cultura geral era provavelmente baixa. - Vocês vão aonde mesmo?
- Mãe, o que é que isso interessa?
- Dona Núria não se preocupe que a Matilde está em boas mãos. - soltou-lhe um pequeno sorriso amarelado.
- Eu confio em você Vasco.

   A minha mãe desde o dia em que lhe apresentei o Vasco que o adora completamente. Ás vezes até sinto ciúmes porque a relação deles não se compara à minha relação com ela. Damo-nos um bocado mal e somos mãe e filha enquanto eles são dois desconhecidos.

- Vasco, vamos embora ou ficas aqui com a minha mãe até amanhã?
- Vamos amor, mas vamos a pé.
- Essa é que é a surpresa? - disse-lhe com a preguiça a crescer.
- Não, mas vamos.

  As nossas mãos encaixaram-se na perfeição ocupando todos os espaços entre os nossos dedos, despedi-me da minha mãe e ele igualmente fez o mesmo. De seguida fomos rumo à floresta. É impressionante como bastou deixarmos de ver a minha casa para ele colocar o mão dentro do bolso direita das calças (onde normalmente guarda a droga) e tira um charro já feito. Odeio quando ele faz isto perto de mim mas também me incomoda quando o faz sendo em qualquer local. Eu vivo no medo que ele seja apanhado mas ele próprio nem sente esse receio, parece que não tem noção das consequências.

- Estamos quase a chegar. - disse com uma voz rouca.

Quando ele me disse aquilo já avistávamos vestígios de uma noite futura. Uma tenda verde estava pregada ao chão e a decoração daquele local estava magnifico, havia velas que indicavam o caminho para a tenda como se fossem setas. Mas muitas delas já estavam apagadas devido á ligeira aragem que também fazia com que as folhas das árvores fizessem uma agradável melodia. Estava com receio, com mesmo muito receio. Percorriam-me derivadas imagens na memoria de antigas e más recordações.

- Vamos dormir aqui? - retorqui.
- Sim, só nós os dois. - disse com um olhar galã.

Senti vários arrepios alternados pela coluna vertebral acima. E nesse preciso momento ele agarrou-me e colou o seu corpo ao meu, fazendo com que os arrepios se tornassem mais fortes. Os nossos lábios encontraram-se pela segunda vez hoje, e as suas mãos percorriam as curvas do meu corpo. Minutos depois continuávamos no mesmo lugar a fazer as mesmas coisas, sentia algum desconforto mas também me sentia bem ao estar com ele. Até ao ponto de que lhe comecei a sentir a erecção, o meu coração acelerou e parecia que saltava do peito, a minha adrenalina estava a fazer efeito.
 O sol já se começava a pôr, e aí descolei o Vasco de mim....

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