Salvador: Então... O que se passou? - deu iniciativa.
Joana: Tu sabes, porquê que perguntas?
Salvador: Para ter a certeza. Estás bem?
Joana: Parece-te que estou bem?
Salvador: Hum... Não, mas devias porque estar com o Grande Salvador.
Joana: Não sejas idiota.
Salvador: Não sou.
Joana: És sim.Salvador: Vem cá. - agarra-me pela cintura e os nossos corpos reencontram-se de novo.
Joana: Diz...
Salvador: O que sentes?
Joana: ... A tua respiração.
Salvador: Não! O que sentes?
Joana: O meu corpo a estremecer, mesmo sabendo que ele não se está a mexer.
Salvador: Estas a pensar em alguém?
Joana: Não.
Salvador: E em algo?
Joana: Também não. - digo novamente.
Salvador: Então... - faz uma pausa. - Porquê que foges sempre?
Joana: Hum... - fiquei sem palavras. - Hum... - e o meu telemóvel começa a tocar.
Salvador: Atende. - disse e começou a afastar-se de mim.
Joana: 'Tou? Sara?
Sara: «Joana, onde te metes-te? Sabes que horas são? São 18:00h da tarde é melhor vires para ca... »
Joana: Boa, fiquei sem bateria.
Salvador: E agora?
Joana: Temos que ir acho que se passa algo. A Sara estava muito nervosa ao telefone. - começo a correr em direcção à estrada que ainda ficava um bocado longe. - AAAAAAAAH - grito ao mesmo tempo que cai no meio do chão.
Salvador: Joana. - veio a correr para me socorrer. - Estas bem? Magoaste-te?
Joana: Ai, o meu pé. - fazia uns grunhidos.
Salvador: Torceste-o?
Joana: Sim, dói tanto.
Salvador: Levanta-te. - ajuda-me a levantar.
Joana: Não consigo andar, aiiiii.- agarro-me a ele.
Salvador: Eu levo-te até casa.
Joana: És doido, de atrelado só se for.
Salvador: Não, assim. - pega-me ao colo e começa a andar.
Joana: Vais ficar todo dorido.
Salvador: Melhor que não. Ou queres ir a rastejar para casa?
Joana: Bem que arrogante.- Ele começa a rir-se.
Ao decorrer do tempo, e depois de muito tempo de caminho para a vila, finalmente chegámos. Quando chegámos avistei a minha casa e vi que a Sara estava à minha espera nas escadas perto da entrada que dava á cozinha e perto da caixa do correio. E por falar em correio, ainda não escrevi ao Diogo, nem imagino o que lhe vou dizer. Tenho de pensar nisso com imensa calma, depois daquelas confissões... Se calhar mando-lhe uma mensagem para o Facebook.
Salvador: Vá, as melhoras princesa.
Joana: Adeus. - aproximo-me para lhe dar um beijo na bochecha, e vou em direcção à Sara ainda a coxiar um pouco.
Sara: Oh meu Deus, estás bem?
Joana: Isso pergunto eu. O que se passa? Eu notei na tua voz ao telemóvel.
Sara: Porquê que me desligaste o telemóvel na cara?
Joana: Fiquei sem bateria, tonta.
Sara. Ahh...
Joana: Vá conta-me.
Sara: Pensava que já te tinhas esquecido.
Joana: Óbvio que não. Conta-me, já estou a morrer por dentro.
Sara: Eu... E o T... -não diz mais nada.
Joana: Sim...
Sara: Beijámo-nos. - e quando eu comecei a fazer uma festa ela interrompeu-me. - Ele parou o beijo e disse para eu não repetir.
Joana: O quê?
Sara: Sim Joana, e agora? - eu não digo nada apenas abraço-a. - Quero voltar a casa uns dias, vens comigo?
Joana: Não sei.... - fiquei à nora.
Sara: Apanhamos o autocarro amanha de madrugada e não dizemos nada a ninguém, deixamos um bilhete e vamos para Almada, por favor amiga. Além disso, tu e o Ricardo estão assim e tu não deves suportar a Matilde cá.
Joana: Pois, mas assim o Ricardo vai pensar que sou uma cobarde e fugi, e mesmo assim deixá-lo aqui com aquela ave? Não sei o que fazer.
Sara: Por favor...
Joana: Vou pensar.
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